segunda-feira, 21 de junho de 2010

Geoprocessamento

O geoprocessamento é o processamento informatizado de dados georreferenciados. Utiliza programas de computador que permitem o uso de informações cartográficas (mapas, cartas topográficas e plantas) e informações a que se possa associar coordenadas desses mapas, cartas ou plantas. Pode ser utilizado para diversas aplicações.

Outra definição seria:

É um conjunto de conceitos, métodos e técnicas erigido em torno do processamento eletrônico de dados que opera sobre registros de ocorrência georreferenciados, analisando suas características e relações geotopológicas para produzir informação ambiental.

Conceito de Geografia

A geografia é a ciência que estuda a terra e as relações entre esta o homem (a sociedade) para compreender como os fenômenos físicos, biológicos e humanos variam no espaço.

Em um primeiro momento a geografia se ocupa apenas dos elementos naturais que constituem o espaço geográfico, sua identificação, caracterização, classificação e representação. Mas à medida que avança no estudo do espaço geográfico como objeto ou agente de modificações pelo homem e do homem, se depara com o estudo das relações sociais.

Os primeiros estudiosos da geografia como ciência e filosofia foram os gregos com destaque para Tales de Mileto, Hiparco, Heródoto, Eratóstenes, Aristóteles, Estrabão e Ptolomeu. Diversos viajantes e conquistadores como Marco Pólo contribuíram para que se espalhasse o interesse pelo estudo e compreensão da geografia, mas foi só após os séculos XVI e XVII, época das grandes navegações, que a geografia surgiu como disciplina passando a ser ensinada nas universidades.

Atualmente a geografia é um campo bastante vasto que pela complexidade das relações que estuda se divide em diversas especialidades como a geografia política, a geografia econômica, geografia cultural, geografia urbana, geografia física, climatologia, biogeografia, geomorfologia, etc.

Mas, de forma geral, a geografia se divide em três áreas: geografia física, geografia humana e geografia técnica. A primeira se ocupa do estudo dos espaços físicos, do relevo, fauna, flora, clima e hidrografia de um local trabalhando o geógrafo, inclusive, em estudos ambientais, dos biomas e sobre preservação ambiental. A segunda, geografia humana, se ocupa do estudo das relações do homem com a terra. Assim, o geógrafo poderá estudar os movimentos migratórios, crescimento populacional, o planejamento e ordenamento do espaço, analisar indicadores demográficos como taxa de natalidade, expectativa de vida e outros estudos como os que são realizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) quando realizam os “censos”. O terceiro campo, a geografia técnica, engloba atividades como o sensoriamento remoto e o geoprocessamento que exigem certo conhecimento em análises de dados, utilização de satélites, radares e etc..

Educação Ambiental

Alguns conceitos de educação ambiental


1) Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art. 2º A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. Art. 3º Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo: I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; (...)V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente.


2) “Consideramos que a educação ambiental para uma sustentabilidade eqüitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a preservação ecológica. Ela estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservam entre si relação de interdependência e diversidade. Isto requer responsabilidade individual e coletiva em nível local, nacional e planetário. Consideramos que a preparação para as mudanças necessárias depende da compreensão coletiva da natureza sistêmica das crises que ameaçam o futuro do planeta. As causas primárias de problemas como o aumento da pobreza, da degradação humana e ambiental e da violência podem ser identificadas no modelo de civilização dominante, que se baseia em superprodução e superconsumo para uns e subconsumo e falta de condições para produzir por parte da grande maioria.Consideramos que são inerentes à crise a erosão dos valores básicos e a alienação e a não-participação da quase totalidade dos indivíduos na construção de seu futuro.” (fonte: Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global)


3) “Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política."
Patrícia Mousinho. Glossário. In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21. Rio de Janeiro: Sextante. 2003